quinta-feira, 28 de junho de 2012

500

O Fiat Cinquecento é um dos marcos que sinalizam a nova ordem automobilística mundial. O "downsizing", que é tão comum hoje e que assusta os pessimistas e principalmente os entusiastas de carros antigos, é o símbolo maior dessa nova ordem.
Com a diminuição dos carros e dos motores, percebemos algumas coisas incomuns acontecendo, mas não podemos nos deixar enganar. Um carro pequeno pode não representar inovação e avanços, é o caso do Tata Nano, que foi um regresso absurdo para a indústria. Mas focando em outros pequeninos a coisa muda de figura, o Smart, o Fiat 500 e o Mini são bons exemplos de prosperidade. Esses carros mostram um desvio no comportamento mercado que sai das grandes SUVs americanas para os ultracompactos europeus.
O conforto do Mini e a segurança do Smart são muito surpreendentes, mas um Fiat estar no mesmo nível de um BMW e de um Mercedes é quase inacreditável! Isso que mostra os tempos são outros. E dizer que o 500 está entre os dois não é só por causa do tamanho, é por causa do ABS com EBD, do ASR, do ESP, da direção elétrica e do ar condicionado, tudo de série por 40 mil mangos.
Mas, na minha opinião, esse é um carro de mulher. A posição do motorista é desconfortável para homens, o banco é alto e muito perto da janela, daí quem tem ombros largos e boa altura vai perceber o que eu falo, ainda mais se ficar batendo a cabeça na parte superior da lateral do carro que fica quase sobre a cabeça do motorista.
O Fiat 500 é um carro que reinterpreta a marca e chega muito bem vindo para renovar o mercado.

Mercado

Já faz um tempo que o mercado automotivo está em transformação, desde a crise de 2008 o mundo começou a assumir outro comportamento, em resumo, o mundo está deixando de seguir tendências e começando a compartilhá-las.
Os principais pontos de transformação são a eficiência energética e a racionalização de recursos, e a principal ferramenta que move isso é a comunicação. Através do fácil acesso e do compartilhamento de informações agora é possível que todos manifestemos nossas opiniões e assim podemos criar uma convergência de interesses.
E o interesse geral é ficar mais confortável, gastar menos e respirar melhor. Pra isso precisamos melhorar a tecnologia, baratear a tecnologia e aumentar a tecnologia. Além disso, quem fornece os meios para essa nova revolução industrial deve estar esmerado em participar.
O desafio da industria automotiva é diminuir tamanho e consumo, aumentar espaço interno, conforto e segurança. Claro que fazer isso não é uma tarefa rápida e menos ainda fácil, quando se quer ter algum lucro.